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Jogo Didático “Enigma das Cientistas”
Publicado em 22/10/2024 às 14:08O jogo de cartas “Enigma das Cientistas” foi desenvolvido com o propósito de divulgar as contribuições, histórias e trajetórias de mulheres que se destacaram nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). A mecânica do jogo consiste em descobrir quem é a cientista a partir da leitura do enigma. Uma pessoa, designada como narradora, escolhe uma carta enigma e lê seu título e descrição em voz alta. Os outros jogadores deverão fazer perguntas para resolver o enigma. O narrador só pode responder às perguntas com “Sim”, “Não” ou “Não é relevante”, de acordo com a solução apresentada. A rodada termina quando algum jogador adivinhar a solução que está relacionada com a vida de uma mulher cientista. A cada rodada, um novo enigma é lido.
O jogo possui recurso de audiodescrição das instruções de jogo e de cada carta, identificando o enigma e a solução, de modo a promover a participação efetiva e jogabilidade de pessoas com deficiência visual. Para o acesso ao recurso de acessibilidade, todas as cartas do jogo dispõem de QR Code que direcionam para o arquivo de descrição disponível no canal do YouTube “Meninas na Ciência UFSC”, na playlist “Enigma das Cientistas”. É sugerida a utilização de fones de ouvido para escutar o Enigma da rodada em que for narrador(a).
Figura 1 – Carta do jogo “Enigma das Cientistas”
Arquivo: A Autora (2024).
O enigma de cada cientista foi construído com base nas informações de: nacionalidade e ano de nascimento, área de pesquisa e pioneirismo, contribuições à ciência, prêmios recebidos, desafios enfrentados na sua carreira, entre outros. A cada rodada, uma carta com um novo perfil de uma cientista é lida pelo narrador, que responderá às perguntas dos jogadores até que seja descoberto a cientista. As rodadas de jogo podem ser feitas de diversos modos, a depender da preferência dos jogadores, sendo necessário trabalho em equipe para chegar à solução.
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Meninas Brilhantes: A história de Estrela
Publicado em 01/08/2024 às 12:15O projeto de extensão Meninas na Ciência, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), lança o livro “A história de Estrela”, o primeiro da série “Meninas Brilhantes”.
O livro conta a história de uma jovem chamada Estrela, apaixonada por Astronomia, que equilibra sua curiosidade científica com momentos divertidos ao lado das amigas na escola. Quando o grupo enfrenta um desafio ao apresentar um projeto de ciências, a situação as une ainda mais. A descoberta de um presente especial leva Estrela a conhecer a história inspiradora da astrofísica Jocelyn Bell Burnell, que em 1967 identificou um pulsar, enfrentando a falta de reconhecimento por seu feito revolucionário. Movidas pela trajetória de Jocelyn e pela busca por justiça, Estrela e suas amigas encontram uma forma de compartilhar suas experiências e dar voz a outras meninas e mulheres na ciência.
As autoras
A obra foi elaborada pela professora Gabriela Kaiana Ferreira, coordenadora do projeto, e pelas bolsistas Rosa Maria Pereira Miranda, Erica do Rosário Tischer e Roberta Machado Franco Rodrigues, estudantes do Colégio de Aplicação da UFSC.
O pré-lançamento do livro aconteceu dia 31 de julho no evento Fazendo Gênero 13 (fotos abaixo).
A obra já está disponível para aquisição no site da Editora Inverso. Ao comprar na pré-venda você receberá um brinde especial que tem tudo a ver com a protagonista desta história (válido até o dia 01/10).
Mais informações podem ser acessadas no Instagram do projeto ou nesta publicação aqui.
Reflexões
Este livro é resultado do que a criatividade e o afeto podem proporcionar: um projeto desenvolvido por mãos carinhosas, ouvidos atentos e vozes vibrantes que encontraram espaço numa pequena sala – às vezes real às vezes virtual – da UFSC.
Parte dessa história começou em 2020 quando criei o Projeto de Extensão “Meninas na Ciência” (@meninasnaciencia_ufsc) que tem como objetivos estimular o interesse de meninas e mulheres pelas ciências exatas, engenharias e tecnologias, incentivar a busca por profissões e carreiras científicas, e combater estereótipos e preconceitos de gênero nessas áreas, predominantemente ocupadas por homens. Durante estes cinco anos de existência foram desenvolvidas uma série de atividades que envolveram a participação de centenas de estudantes do ensino fundamental e ensino médio, com a colaboração de dezenas de estudantes de graduação e de pós-graduação bolsistas e voluntárias, e de professores e professoras.
No meio desse caminho, após muitas leituras sobre trajetórias de cientistas em diferentes áreas, das cientistas do passado às cientistas dos dias atuais, veio o desejo de escrever uma história para compartilhar a riqueza do que vivia diariamente. Sabia que seria um desafio transpor o estilo dos relatórios de pesquisa, dos textos acadêmicos e didáticos, mas a aventura valeria a pena.
Nutrida pela dedicação e criatividade de Rosa Maria, Erica e Roberta, começamos a escrever a história de uma menina sem nome. Confesso que não nos preocupávamos com identificar as personagens, em atribuir idade e características muito específicas, ou ainda com qual seria o desfecho da história. Simplesmente escrevíamos – todas juntas ou individualmente – na medida em que as ideias iam surgindo. Nosso objetivo era que durante o processo de contar essa história nos divertíssemos e emocionássemos. De fato as gargalhadas não foram poucas e com frequência eu sentia meus olhos marejados, lendo e relendo o que estávamos produzindo. A emoção era mais forte ao me dar conta do meu papel enquanto orientadora de três meninas brilhantes e por imaginar o quão longe o brilho delas era capaz de alcançar.
Ao mesmo tempo, antes mesmo de ter um nome próprio, a protagonista dessa história já cintilava e Estrela foi batizada no momento em que conheceu a trajetória de Jocelyn Bell Burnell, astrofísica briânica que descobriu um tipo específico de estrela denominada pulsar.
Estrela foi batizada em homenagem à Jocelyn e à cada menina brilhante. Sabemos que as estrelas iluminam o universo desde seu início, e que muitas delas estão a muitos e muitos anos-luz de distância nos fornecendo uma imagem incrível do nosso passado. A nossa Estrela, que acaba de nascer, continuará a brilhar iluminando muitas meninas e mulheres no presente e no futuro.
Drª Gabriela Kaiana Ferreira
Coordenadora do Projeto Meninas na Ciência -
Equipe Meninas na Ciência Caça Asteroides 2024
Publicado em 29/04/2024 às 22:14Inscrições (publicado em 29/04)
As inscrições para o evento Caça Asteroides MCTI 2024 estão oficialmente abertas e o Meninas na Ciência está montando equipes para iniciarmos juntas essa incrível caçada. Em 2023 a Equipe Meninas na Ciência participou das campanhas nacional e internacional e descobriu 8 candidatos a asteroides (leia mais aqui).
Já imaginou você também encontrar um asteroide para chamar de seu?
Serão oferecidos treinamentos na modalidade presencial – Florianópolis, Joinville e Blumenau – e online para meninas e mulheres de qualquer parte do Brasil em que ensinaremos a instalar a manusear o software, analisar as imagens e submeter os relatórios!
É uma oportunidade excelente para aprender sobre o universo, realizar uma imersão na prática científica, e conhecer meninas e mulheres interessadas em ciências.
A atividade é exclusiva para meninas a partir de 12 anos e mulheres de até 99 anos. E necessário ter acesso a um computador com sistema operacional windows e acesso à internet. Caso não tenha, providenciaremos uma base operacional para realizar a atividade na UFSC-Florianópolis.
As inscrições podem ser realizadas clicando aqui!
Resultado (publicado em 11/05)
As inscrições para o Caça Asteroides – Meninas na Ciência foram um sucesso!
São muitas meninas e mulheres interessadas em conhecer mais sobre asteroides e ter a oportunidade de vivenciar práticas científicas. Tivemos 140 inscritas, extrapolando o número de vagas.
No momento só conseguiremos gerenciar 11 equipes. As inscritas que estão na lista de espera serão incorporadas às equipes que se formarem nos próximos dois meses. Aguardem contato.
O resultado das inscrições, bem como a composição das equipes e o contato das líderes pode ser conferido a seguir.
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Seleção de bolsistas de extensão Meninas na Ciência
Publicado em 09/02/2024 às 11:21O Projeto de Extensão Meninas na Ciência está selecionando estudante para atuar como bolsista de extensão (Edital PROBOLSAS – Proex/UFSC). O projeto têm como objetivo estimular o interesse de meninas e mulheres pelas ciências exatas e tecnologias e incentivar a busca por profissões e carreiras científicas. Dentre as atividades a serem desenvolvidas, estão: leituras e discussão de livros e textos com histórias de mulheres nas ciências, palestras com cientistas mulheres, visitas presenciais e virtuais à instalações de laboratórios de pesquisa, treinamento e participação em olimpíadas científicas, e gerenciamento de rede social do projeto. O/a selecionado/a receberá bolsa do Programa PROBOLSAS da Pró-Reitoria de Extensão (Proex/UFSC) no valor de R$ 420,00, pelo período de março a dezembro de 2024, com carga horária de 20h/semanais. As inscrições podem ser realizadas até 24 de fevereiro de 2024, por meio do e-mail gabriela.kaiana@ufsc.br, cumprindo os requisitos e contendo os documentos solicitados. Podem participar estudantes de graduação regularmente matriculados/as em qualquer curso da UFSC.
Edital de Seleção de Bolsista de Extensão – Meninas na Ciência – PROBOLSAS 2024
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Trilha das Cientistas: você sabe quem sou eu?
Publicado em 11/11/2023 às 14:07O jogo de tabuleiro “Trilha das Cientistas” foi desenvolvido com o propósito de divulgar as contribuições, histórias e trajetórias de 30 mulheres que se destacaram nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). A figura a seguir traz uma ilustração do tabuleiro do jogo.
Figura 1 – Tabuleiro do jogo “Trilha das Cientistas”
Arquivo: As Autoras (2023).
A dinâmica do jogo consiste em descobrir quem é a cientista a partir da leitura de uma carta contendo até 10 dicas. A cada rodada, uma carta com um novo perfil é sorteada. A/O(s) jogadoras/es recebem dicas sobre o perfil em questão durante a sua rodada. Quanto menos dicas for utilizado para acertar o nome da cientista, mais pontos ganha o/a respondente. O objetivo do jogo é chegar ao final da trilha do tabuleiro e pode ser jogado no modo duelo (2 participantes) ou em grupo evidenciando o caráter interativo do jogo.
O perfil de cada cientista – que constituem as dicas nas cartas – foi construído com base nas informações de: nacionalidade e ano de nascimento, área de pesquisa e pioneirismo, contribuições à ciência, prêmios recebidos, desafios enfrentados na sua carreira, entre outros. O tabuleiro, as cartas e o manual do jogo estão disponíveis ao público para impressão nesta página, acessando ao link. Abaixo apresentamos duas figuras contendo um exemplo de carta frente e verso (Figura 2) e capa do manual de instruções do jogo (Figura 3).
Figura 2 – Carta do jogo “Trilha das Cientistas”
Arquivo: As Autoras (2023).
Figura 3 – Manual de instruções do jogo “Trilha das Cientistas”
Arquivo: As Autoras (2023).
Jogos e educação
O uso de jogos na educação consiste em uma metodologia interativa com resultados promissores e defendida por professores em diferentes níveis de ensino e entre estudantes de todas as idades, isso por que os jogos sempre fizeram parte da vida do ser humano e, especialmente na infância, através deles podemos aprender a nos relacionar com o mundo que nos cerca. Os jogos educacionais podem ser utilizados com a finalidade de estimular e motivar os/as estudantes a se interessarem por áreas gerais ou temas mais específicos, no ensino e aprendizagem de conceitos, no desenvolvimento de habilidades e competências.
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Meninas brilhantes: a história de Estrela
Publicado em 11/11/2023 às 14:04Projetos e pesquisas com o objetivo de identificar, valorizar e incentivar a participação de grupos sub-representados em campos das ciências, como é o caso das mulheres e meninas nas ciências, engenharias, tecnologias e matemática, são essenciais para problematizar estereótipos e combater preconceitos com relação à presença e atuação das mulheres nestes espaços, bem como compreender o modo pelo qual o gênero funciona na ciência e na sociedade.
Com o objetivo de estudar e conhecer histórias e trajetórias de mulheres cientistas na área de STEM, elaboramos um livro que conta a história de quatro amigas que enfrentam um desafio em um projeto escolar de ciências e encontram na história de uma cientista inspiração para enfrentar e lidar com a situação. A história produzida, intitulada “Meninas brilhantes: a história de Estrela”, além da personagem principal, apresenta as amigas Roberta, Rosa e Erica, os pais de Estrela, o professor de ciências, alguns outros colegas de turma e a cientista Jocelyn Bell Burnell (imagens abaixo). A história foi estruturada no formato livro composto de onze capítulos, com diálogos e linguagem voltada ao público infanto-juvenil.
Figura 1: Jocelyn Bell fotografada em 1968 junto ao Mullard Radio Astronomy Observatory da Universidade de Cambridge.
Créditos: National Media Museum / Science & Society Picture Library
Figura 2: Jocelyn Bell Burnell atualmente.
Créditos: Colin McPherson/Corbis via Getty Images
O livro
O livro conta a história de Estrela, uma menina educada, companheira, obstinada pelos seus objetivos, curiosa pelas coisas do mundo, e ávida por conhecimento. Junto com suas amigas, embarcam em uma emocionante jornada em direção a uma importante feira de ciências. Durante essa jornada, enfrentam um desafio que reflete algumas dificuldades enfrentadas por muitas cientistas renomadas e jovens pesquisadoras no mundo acadêmico. A situação deixa Estrela profundamente triste, mas um presente especial de aniversário traz um raio de esperança para a menina. Um pulsar a inspira a persistir em seus esforços e seguir adiante com seu propósito de se tornar uma cientista. No livro, apresentamos a história de resiliência da astrofísica britânica Jocelyn Bell Burnell como inspiração para criar e desenvolver a história de Estrela, de forma que a cientista encontra uma saída no exemplo de competência, dedicação e perseverança de Jocelyn.
A história tem como objetivo propor uma reflexão dos leitores e das leitoras. Estrela é uma personagem comum, que tem melhores amigas, que faz atividades escolares e que gosta de brincar. Esses aspectos fazem com que as leitoras se identifiquem com ela. No entanto, à medida que a história se desenrola, percebemos que Estrela é também curiosa, obstinada e determinada. Ela luta pelo que quer e demonstra uma perseverança inspiradora. Isso desperta nas meninas uma confiança em seu potencial. O objetivo da história é inspirar as meninas, assim como Estrela, a se interessarem pelas ciências e a buscar conhecimento em determinados assuntos, bem como mostrar que todas as meninas são pequenas estrelas, curiosas, empolgadas, que às vezes encontram algum obstáculo no caminho, que possa causar desânimo ou que até mesmo uma sensação de impotência, mas que sempre é possível encontrar formas de superar esses obstáculos.
Com esse livro esperamos contribuir com a divulgação científica, a conscientização da importância das mulheres para a construção do conhecimento científico, bem como incentivar e estimular o interesse de meninas e mulheres pelas áreas e carreiras em STEM.
O livro está em processo de avaliação de especialistas. Em breve passará por uma revisão, diagramação e, posteriormente, publicação. concomitantemente estão sendo contactadas ilustradoras interessadas em contribuir com esse projeto e produzir as ilustrações de “Meninas brilhantes: a história de Estrela”.
As autoras
Drª Gabriela Kaiana Ferreira
Licenciada em Física, mestre e doutora em Educação Científica e Tecnológica. Professora no Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina, coordena projetos de pesquisa e extensão sobre Mulheres e Meninas na Ciência e Natureza da Ciência. Orienta estudantes da educação básica, da graduação e da pós-graduação. Gosta muito de ler, ama escrever e sempre teve o sonho de escrever um livro. Este livro que você acabou de ler é justamente a concretização deste sonho. Gosta muito do mar e há alguns anos começou a surfar onde está constantemente aprendendo a lidar com medos, ansiedades e desafios.
Erica do Rosário Tischer
Estudante do ensino médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina, natural de Concórdia (SC), atualmente mora em Florianópolis. Bolsista do projeto Mulheres e Meninas na Ciência. Seu objetivo é de colaborar com a participação e visibilidade das mulheres no desenvolvimento da ciência e tecnologia. Gosta de pintura com tinta acrílica, ouvir diferentes tipos de música, escrever poesias em relação aos sentimentos e jogar basquete. Tem seu sonho de ser perita criminal, na área da saúde. Apaixonada por conhecer novos lugares e culturas. Fala fluentemente inglês e nível básico em alemão.
Rosa Maria Pereira Miranda
Estudante do ensino médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina. Bolsista do projeto Mulheres e Meninas na Ciência. Cientista Cidadã da NASA, pesquisadora voluntária que descobriu sete asteroides ainda não catalogados. Palestrante de astronomia, divulgadora e multi medalhista científica. Seu sonho é que pequenas meninas percebam que o céu não é o limite, e que assim como Jocelyn, podem mirar nas estrelas, deseja que este livro tenha lhe inspirado a continuar seguindo os seus sonhos. Gosta de praticar atividades físicas em contato com a natureza, principalmente no mar, onde se reencontra e se sente viva.
Roberta Machado Franco Rodrigues
Estudante do ensino médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina, natural de São José (SC), atualmente mora em Florianópolis. Bolsista do projeto Mulheres e Meninas na Ciência. Seu objetivo é estudar e divulgar as grandes contribuições de mulheres no meio científico e colaborar na luta por visibilidade. Apaixonada pelo estudo da geopolítica, sonha em se profissionalizar na carreira diplomática. Fluente em inglês e francês, sonha em desbravar os maiores desafios ao redor do mundo.
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Mulheres e Meninas na Ciência na Sepex 2023
Publicado em 11/11/2023 às 13:45Entre os dias 23 e 27 de outubro, aconteceu a 20ª edição da SEPEX (Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC), um dos maiores eventos de divulgação científica de Santa Catarina e o Projeto de Extensão Meninas na Ciência esteve presente, apresentando ao público as atividades e trabalhos realizados ao longo dos anos.
A Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC (SEPEX) acontece anualmente na UFSC e reúne trabalhos desenvolvidos na Universidade em uma mostra científica aberta ao público, que conta com feira de ciências, rotas temáticas, minicursos, palestras, seminários e atrações culturais. Ela ocorre junto da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que teve como tema deste ano “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”.
Feira de ciências
O projeto Meninas na Ciência esteve na feira de ciências com o estande “Mulheres e Meninas na Ciência”, onde foram apresentadas atividades do projeto de extensão Meninas na Ciência, o jogo didático sobre Mulheres na Ciência e um livro de divulgação científica voltado ao público infanto-juvenil. O estande contou com a participação das bolsistas e coordenadora do projeto, bem como voluntárias e voluntários.
Atividades presentes no estande
Dentre os trabalhos apresentados, destacam-se o jogo de tabuleiro “Trilha das Cientistas”, em que os visitantes poderiam jogar e aprender mais sobre a vida e contribuições de cientistas famosas que marcaram a ciência, e a apresentação do livro “Meninas brilhantes: a história de Estrela”, produzido pelas alunas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC – EM), que conta a história de 4 amigas que se inspiram na história de uma famosa cientista para lidar com os desafios de um projeto escolar.
A composição destes trabalhos foi pensada de forma a atrair o público interno e externo à UFSC, de várias idades, em torno de temas e atividades envolvendo questões de ciência e tecnologia, de gênero, e relacionadas com as profissões e carreiras científicas.
Para mais informações sobre o jogo e o livro, acesse os links que direcionam ao nosso site.
Relatos das bolsistas e voluntárias sobre a participação na SEPEX:
“Poder conversar sobre a importância da presença de mulheres e meninas nas áreas da ciência e divulgar a história de cientistas famosas foi muito gratificante, além da oportunidade de conhecer pessoas de diversos locais do estado e trocar experiências.” – Caroline Conti, bolsista do projeto Meninas na Ciência.
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Meninas na Ciência na Escola: telescópios, asteroides e Marcia Rieke
Publicado em 11/10/2023 às 18:44Dentre as atividades de extensão promovidas pelo projeto Meninas na Ciência estão visitas às escolas, realização de aulas, palestras e minicursos sobre temas de ciências.
Foi com esse intuito que no dia 5 de outubro de 2023 a equipe do projeto foi à EEB Getúlio Vargas, localizada no bairro Saco dos Limões no município de Florianópolis, realizar uma atividade com 23 crianças do 4º ano do Ensino Fundamental. Essa atividade foi feita atendendo ao convite de duas estagiárias da 6ª fase do curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), que, juntamente com a professora regente da turma, já desenvolvem um projeto de Docência na escola, denominado “Explorando o Universo: Uma Jornada pelo Sistema Solar e o Conhecimento Científico”.
Figura 1 – Bolsistas apresentando a atividade com a turma de 4º ano
Arquivo: As Autoras (2023).
Nessa aula, as bolsistas Caroline Conti e Julia Medeiros apresentaram aos alunos e às alunas, utilizando diferentes metodologias, alguns dos conteúdos relacionados ao grande tema “Telescópios e Asteroides”, a saber: luz e espectro eletromagnético, telescópios refrator e refletor, telescópios Hubble e James Webb (Figura 2), contribuições da cientista Marcia Rieke (Figura 3) e sobre a importância da catalogação de asteroides. Tal tema foi escolhido por justamente remeter às outras atividades executadas ao longo do ano de 2023 pelo projeto de extensão (a oficina de telescópios e a participação da competição Caça Asteroides).
Figura 2 – Comparação entre as imagens obtidas a partir dos telescópios Hubble (lado esquerdo) e Webb (lado direito).
Fonte: Webb Compare
Figura 3 – Astrônoma Marcia Rieke responsável pela construção da câmara de infravermelho do James Webb Space Telescope
Fonte: James Webb Space Telescope
A atividade
A atividade realizada no formato de aula se organizou em três momentos distintos, nos quais foram utilizados materiais variados para educação e divulgação científica que são disponibilizados pelo Observatório Las Cumbres. O quadro abaixo apresenta quais foram esses materiais e o tempo aproximado de duração de cada momento, sendo o tempo total para a aula 1h35min.
Quadro 1 – Organização da aula sobre o tema “Telescópios e Asteroides”
Descrição Duração 1º momento Apresentação em slides de conteúdos pertinentes ao tema da aula e discussão com os alunos a partir de questões orientadores, por exemplo: “O que observamos quando olhamos para o céu?”, “Qual é o instrumento que utilizamos para observar o céu?” e “Por que caçar asteroides?”. Neste momento foram utilizados como recursos didáticos de apoio o site que compara as imagens do universo obtidas com os telescópios Hubble e James Webb (imagem mostrada na Figura 2), e também, uma breve explicação através da demonstração de como ocorre a caça a asteroides, utilizando o programa Astrometrica. 45 min. 2º momento Construção de um telescópio de papel pelos alunos, a partir da visualização do modelo pronto (mostrado na Figura 4) e de um roteiro com o passo a passo. 40 min. 3º momento Entrega de certificados de participação para os alunos e desenhos ilustrativos para colorir, retratando astronautas, foguetes, galáxias, buracos negros, entre outros. 10 min. Fonte: As Autoras (2023).
Figura 4 – Modelo para o telescópio de papel
Fonte: As Autoras (2023).
Algumas Reflexões sobre a atividade desenvolvida: com a palavra Julia Medeiros
“Ter a oportunidade de lecionar uma aula sobre esse tema em especial, que compreende assuntos que me interessam pessoalmente, foi uma experiência ótima, pois, falar sobre o Universo é algo que sempre cativa o interesse e estimula a imaginação das crianças, e como professora, perceber essa vontade dos alunos em conhecer mais, seja pelo brilho nos olhos ou pela mão levantada, de modo diligente, para fazer algum comentário ou pergunta, é gratificante e, também, mostra o potencial do ensino de conteúdos da Astronomia em promover a aproximação do saber sobre Ciência ao querer fazer Ciência, desde os anos iniciais da Educação Básica, assim como é estipulado como um dos objetivos do projeto de extensão ao qual faço parte.” (Julia Medeiros – Bolsista do Projeto de Extensão- Licenciatura em Física)
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Participantes do projeto de extensão ‘Meninas na Ciência’ da UFSC descobrem oito asteroides em programa da NASA
Publicado em 23/08/2023 às 17:40As alunas integrantes da equipe do projeto ‘Meninas na Ciência’ participaram do programa nacional de Caça Asteroides MCTI, uma parceria entre o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação com o International Astronomical Search Colloboration (IASC) da NASA, a agência espacial norte-americana. Tendo como apoio o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa objetiva aproximar a população da ciência cidadã. Além da edição nacional, as meninas também participaram da Campanha Internacional de Caça Asteroides (International Asteroid Search Campaign), promovida pelo mesmo programa, levando o nome da equipe ‘Meninas na Ciência UFSC’ para a competição a nível internacional.
A equipe formada era composta por 5 meninas e mulheres, estudantes de Ensino Fundamental, Médio e de Graduação, que participaram de ambas as competições entre os meses de Julho e Agosto de 2023. Na campanha nacional promovida pelo MCTI, um asteroide foi descoberto e classificado como identificação preliminar já na campanha internacional outros sete asteroides preliminares foram encontrados, totalizando oito asteroides encontrados pela equipe.
A competição nacional e internacional de Caça Asteroides acontece a partir do acesso às imagens captadas por telescópios (Pan-STARRS, pertencente à Universidade do Havaí), que são disponibilizadas no site do IASC e analisadas pelas equipes participantes com o auxílio do software Astrometrica.
A detecção preliminar é catalogada após uma análise criteriosa das imagens. Os relatórios enviados pelas equipes são revisados e validados pelo IASC, para então serem submetidos ao Minor Planet Center (MPC), em Harvard, nos Estados Unidos. O MPC é reconhecido pela União Astronômica Internacional (IAU), como o repositório oficial mundial de dados sobre asteroides. Com o tempo, se confirmadas as detecções preliminares, após a validação, numeração e catalogação pelos grupos responsáveis, as alunas terão oportunidade de sugerir nomes aos asteroides que encontraram para a IAU, entidade responsável por fazer o anúncio oficial quando há uma comprovação. Esse processo leva de 3 a 5 anos para ser concluído.
O projeto ‘Meninas na Ciência’
O ‘Meninas na Ciência’ é um projeto de extensão vinculado ao Departamento de Física da UFSC. Criado em 2020, tem como objetivo estimular o interesse de meninas e mulheres pelas ciências exatas e tecnologias e incentivar a busca por profissões e carreiras científicas. O projeto é coordenado pela professora Gabriela Kaiana Ferreira e conta com a colaboração de bolsistas e voluntárias, que desenvolvem uma série de atividades envolvendo divulgação científica e combate a preconceitos e estereótipos sobre a presença de mulheres nas ciências exatas.
Dentre as atividades desenvolvidas ao longo deste ano, destaca-se o treinamento e organização de equipes para a participação na competição de Caça Asteroides, que possibilita às alunas participantes realizarem suas próprias contribuições ao encontrarem asteroides, enquanto aprendem sobre Astronomia na prática. O treinamento foi organizado e realizado pelas bolsistas Julia Medeiros e Carol Conti, ambas estudantes de graduação do curso de Física.
Para a participação da equipe na competição, o projeto promoveu aula de treinamento presencial e reunião de grupo, além de fornecer material de apoio e a criação de um grupo em rede social para a comunicação mais rápida com as alunas. Nesse treinamento elas puderam aprender a realizar a identificação dos objetos astronômicos e a elaborar e enviar os relatórios com os possíveis asteroides encontrados.
Propondo atividades como essa, o projeto ‘Meninas na Ciência’ busca divulgar as possibilidades profissionais de carreiras nas ciências exatas, engenharias e tecnologias para as meninas e mulheres, oportunizando às alunas o contato direto com a prática científica e, por consequência, contribuindo para o envolvimento das estudantes em atividades que busquem desenvolver suas habilidades em um espaço que lhe seja assegurado condições de igualdade de gênero.
A equipe do projeto ‘Meninas na Ciência’ para o caça asteroides e seus comentários
1. Ana Lindsey Nogueira Fernandes
“Participar do projeto Meninas na Ciência foi incrível para mim, visto que, ter a chance de analisar dados e ajudar na ciência cidadã nos trás novas perspectivas de como a ciência de fato é, nos instiga curiosidade e paixão quando analisamos cuidadosamente os pacotes de imagem procurando por asteroides. Nos permite fugir das tarefas rotineiras e fazer algo realmente divertido, e que pode ser feito em conjunto.
As meninas participantes e organizadoras do projeto sempre dão auxílio as demais, para que tudo possa ser relatado apropriadamente.”
2. Vanessa Bitencourt Stuart
“Participar da caça aos asteroides com as Meninas na Ciência foi uma experiência única e incrível, e que permitiu conhecer uma nova perspectiva da ciência.”
3. Helen Moreira Santos
“O meninas na ciência na UFSC me deu a oportunidade de desenvolver meu interesse pelas ciências, e conhecer mais sobre como as mulheres estão inseridas nesse mercado de trabalho.
Quando me avisaram sobre o caça asteroides eu já sabia que queria participar, pois já tinha visto nas redes sociais sobre ele. Essa atividade me deu uma nova percepção sobre a astronomia e a computação, fiquei muito feliz de poder participar e ter um asteroide na lista preliminar.”
4. Rafaella Amorim Rios
“A desigualdade de gênero sempre esteve muito evidente para mim nessa área de atuação. Ao receber um convite para participar do projeto “As meninas na ciência e o Caça asteroide”, percebi a relevância da representatividade.
Lembrei-me de que, quando tinha seis anos de idade, já dizia à minha mãe que desejava ser médica e astronauta. Com 14 anos e dois anos participando do projeto, percebo o quanto posso ter um impacto positivo em outras meninas.”
5. Ana Isadora Calazans Martins
Mais informações podem ser consultadas na nossa página do Instagram.
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Seleção de bolsistas de extensão Meninas na Ciência – Resultado Final
Publicado em 31/01/2023 às 20:02O Projeto de Extensão Meninas na Ciência está selecionando estudantes para atuarem como bolsistas de extensão (Edital PROBOLSAS – Proex/UFSC). O projeto têm como objetivo estimular o interesse de meninas e mulheres pelas ciências exatas e tecnologias e incentivar a busca por profissões e carreiras científicas. Dentre as atividades a serem desenvolvidas, estão: leituras e discussão de livros e textos com histórias de mulheres nas ciências, palestras com cientistas mulheres, visitas presenciais e virtuais à instalações de laboratórios de pesquisa, sessões de Cine Ciências em que serão apresentados e discutidos filmes, seriados e documentários de caráter científico, com a finalidade tanto de aprender ciências, quanto de debater e refletir sobre o papel das mulheres nas ciências, especialmente suas contribuições para o desenvolvimento da sociedade, e gerenciamento de rede social do projeto.
Os/as selecionados/as receberão bolsa do Programa PROBOLSAS da Pró-Reitoria de Extensão (Proex/UFSC) no valor de R$ 420,00, pelo período de março a dezembro de 2023, com carga horária de 20h/semanais. As inscrições podem ser realizadas até 9 de fevereiro, por meio do e-mail gabriela.kaiana@ufsc.br, cumprindo os requisitos e contendo os documentos solicitados. Podem participar estudantes de graduação regularmente matriculados/as em qualquer curso da UFSC.
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Etapas:
Edital de Seleção de Bolsista de Extensão – Meninas na Ciência – PROBOLSAS 2023
Homologação das inscrições – Meninas na Ciência – PROBOLSAS 2023
Resultado do Processo de Seleção de Bolsista – Meninas na Ciência – PROBOLSAS 2023